Porto Côvo - Sagres


A SEVERteam BTT realizou nos dias 21 e 22 de Fevereiro de 2009 uma grande travessia, desde a carnavalesca cidade de Sines até à capital do barlavento algarvio - Sagres.
Foram dois dias de puro BTT e sã camaradagem, que permitiram atravessar, na íntegra, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina pelos seus mais belos caminhos e que deixaram encantados os oito BTTistas que realizaram esta façanha.
O primeiro dia iniciou-se com uma rápida ligação até à pitoresca vila de Porto Covo, onde foi dado o “tiro” oficial da partida, depois das mordomias ali servidas ao pequeno-almoço. Dali já se avistava, ao largo, a ilha do Pessegueiro.

Sem nunca querer deixar de vista a imensidão daquele mar tão azul, suportamos trilhos arenosos que nos queimaram quase todas as reservas calóricas.

Rapidamente, quais bravos BTTistas à conquista do desconhecido e por trilhos nunca antes percorridos, com algumas harmoniosas quedas à mistura, aproximamo-nos de Vila Nova de Mil Fontes por paisagens de mil cores. Aqui, uma paragem para contemplar a espectacular foz do Mira com as suas águas cristalinas!
Retomamos rumo a um dos mais belos locais da Costa Alentejana – O Farol do Cabo Sardão, onde as malas térmicas, depois de abertas, mostraram quanto valiam. Sobre uma imponente falésia que abraça o mar, foi saboreado o tão almejado almoço.

Embora já se pensasse no descanso dos guerreiros, rapidamente o grupo espevitou com a voz de comando: –“TÁ TUDO”?

E lá continuamos, por trilhos pedestres de pescadores, sempre junto às arribas que caiem na vertical sobre o mar.

Marcou-se a nossa passagem pela Zambujeira do Mar, numa das belas esplanadas, onde as sereias crestavam. Inspirado e com elegante requinte, o Raúl serviu o café e a medronheira aos restantes companheiros. Ainda tivemos tempo de descer ao areal da encantada praia do Carvalhal, antes de desferir mais um golpe de subida.

No 1º dia, o percurso termina sobre o vale da
Ribeira de Ceixe por onde descemos e que deixa o grupo na fronteira com o Algarve – Odeceixe!
Apesar dos 100km já cumpridos, no final do dia ainda há força e vontade para pedalar até à praia de Odeceixe, onde, todos contemplamos um romântico por do sol, antes de nos instalarmos na residencial “Luar”, e tomar um ansioso banho quente. Para retemperar forças para o dia seguinte, jantamos n´A taberna do Gabão.

O segundo dia inicia-se com a subida ao alto de Odeceixe através de ruas íngremes mas pitorescas. Após o “aquecimento” seguimos por campos agrícolas através de um ondulante canal de rega.

Antes de atacar a vertiginosa subida para o castelo de Aljezur, fomos brindados por uma magnifica descida que, tal como descreveu o Formiga, “valeu pelo bilhete”.

Lá do alto, depois da conquista da “propriedade privada” e com o mundo aos nossos pés, solicitamos aos incansáveis homens da logística para nos fazerem ali chegar o merecido e complexo pequeno-almoço.

E é a partir de Aljezur que o passeio atinge o seu máximo! Aproximamo-nos das espectaculares arribas e falésias escarpadas da Costa Vicentina. A paisagem é de cortar a respiração!

O percurso entrou numa zona bem rápida e é a alta velocidade que o grupo chega à Carrapateira.

Dali, em single-tracks, subidas e descidas alucinantes, rampas sem fim a subir, mas sempre por uma paisagem soberba misturando o verde da esteva, com o negro das rochas e com o azul do mar e do céu, acrobaticamente descemos pelas falésias até atingirmos a “reservada” Praia de Murração, onde um batalhão de fotógrafos registava a nossa chegada e assentamos arraiais para mais uma jornada gastronómica. O Cardoso, mais uma vez, demonstrou os seus dotes culinários!
Após o almoço, por razões óbvias, veio o troço mais “indesejado” de toda a travessia. A subida para sair deste enamorado vale. Fazem-se sentir os estragos provocados por quem “abusou” do almoço. O Poli que o diga!.

Mas a boa disposição imperou sempre e a animação foi desaguar à Praia da Barriga!

A travessia está perto do final e os caminhos são agora autênticos trilhos suspensos sobre os vales, praias e imponentes falésias.

O final, com Sagres à vista, foi feito por grandes rectas a caminho de onde a terra acaba e o mar começa e também onde terminou a nossa grande aventura!

4 comentários:

  1. Afinal o céu não tem limites. Parabéns!

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  2. Os verdadeiros heróis =)
    O melhor é o Formiga ;)
    ass: formiga junior

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  3. *****, não posso dar mais (*)!
    ass: carvalheira, humberto

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  4. Sem duvida que a costa vicentiva é muito bonita e com esta equipa de bettetista deve ter sido uma bela aventura ,só foi pena eu não poder ter participado ,quem sabe numa próxima!!

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