SEVER TEAM BTT, em Maio de 2008 foi saborear o Gerês.
O album contém alguns belos registos...
O Sever Team BTT é constituído por um grupo de amigos que têm um gosto comum pela prática do BTT. Nos fins-de-semana damos umas voltas por aí com o grupo e com outros elementos que ocasionalmente fazem questão de pedalar connosco. No decorrer da semana, ao fim da tarde, alguns de nós fazem umas caminhadas e umas corridas na Ciclovia e no Parque Urbano da Vila. Apreciamos a amizade, o espirito de confraternização, companheirismo e claro a vontade de viver novas aventuras. Tá tudo???
TERRA QUEIMADA
Lamentavelmente em poucas horas neste incêndio perderam-se mais uns quantos hectares de floresta viva no nosso concelho.
Obviamente, não sei quem são ou foram os responsáveis por tal, da mesma forma que desconheço a fórmula mágica para evitar este tipo de catástrofes. Não me compete nem quero fazer juízo ou recriminar quem quer que seja, limitando-me a escrever o que me vai na alma.
Desta vez, tocou mais fundo no coração daqueles que como eu são praticantes e aficionados das actividades outdoor nomeadamente o BTT. É na qualidade de praticante desta actividade que aqui relato o que hoje vi e senti.
Pela manhã, montado na minha Bicicleta Todo Terreno, (só assim se consegue ter a verdadeira percepção dos factos), mergulhei naquele mar de cinzas e senti-me mal. Senti-me mal por ter percebido que uma parte significativa do parque natural que tão bem servia a prática que tanto prezo estava irremediavelmente e por longos tempos destruído.
Hoje, uma parte desse cenário natural está moribundo. Pedalei pelas suas entranhas durante cerca de duas horas e meia e testemunhei a morbidez que se sente no cheiro, no tacto, na audição e visão e no sabor a queimado que o ar transporta e se entranha dentro de nós. O nauseabundo cheiro a floresta queimada, os verdes primavera que agora foram substituídos por tons de nojo, a cinza que se mistura com a terra árida, o crepitar e estalar de madeira recentemente carbonizada, a visão turva pela fumaça branca que ainda se ergue aqui e ali nos profundos vales, fazem-me perder as forças, fazem-me sentir impotente perante tão dantesco cenário de TERRA QUEIMADA.
Pude observar alguns rostos sujos e olhares visivelmente cansados e tristes de homens e mulheres, que ainda de prevenção, durante horas a fio lutaram corajosamente e com todas as suas forças contra este incêndio tentando minimizar o tão mal que a todos nos causa. Para esses homens e mulheres, deixo aqui o meu apreço e um abraço de gratidão do tamanho do mundo.
Bem hajam!
Como que por graça, as águas límpidas do Rio Mau continuavam alegremente a fazerem-se ouvir no seu agradável canto por entre pedras e pequenas cascatas do seu leito serpenteado que as conduz à foz no Rio Vouga, deixando no ar um leve sinal de esperança. Aqui e ali ouviam-se também o chilrear de um ou outro pássaro que heroicamente conseguiu sobreviver ao fogo e que hoje, não sei se canta vitória ou se chora todo o muito que perdeu.
Não tenho forças ou puderes para mudar este estado de coisas, mas posso sempre deixar aqui o meu grito de raiva e, como já alguém um dia disse, NUNCA MAIS, NUNCA MAIS...
quinta-feira, 26 de Março de 2009
Carvalheira, Humberto
Porto Côvo - Sagres
A SEVERteam BTT realizou nos dias 21 e 22 de Fevereiro de 2009 uma grande travessia, desde a carnavalesca cidade de Sines até à capital do barlavento algarvio - Sagres.
Foram dois dias de puro BTT e sã camaradagem, que permitiram atravessar, na íntegra, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina pelos seus mais belos caminhos e que deixaram encantados os oito BTTistas que realizaram esta façanha.
O primeiro dia iniciou-se com uma rápida ligação até à pitoresca vila de Porto Covo, onde foi dado o “tiro” oficial da partida, depois das mordomias ali servidas ao pequeno-almoço. Dali já se avistava, ao largo, a ilha do Pessegueiro.
Sem nunca querer deixar de vista a imensidão daquele mar tão azul, suportamos trilhos arenosos que nos queimaram quase todas as reservas calóricas.
Rapidamente, quais bravos BTTistas à conquista do desconhecido e por trilhos nunca antes percorridos, com algumas harmoniosas quedas à mistura, aproximamo-nos de Vila Nova de Mil Fontes por paisagens de mil cores. Aqui, uma paragem para contemplar a espectacular foz do Mira com as suas águas cristalinas!
Retomamos rumo a um dos mais belos locais da Costa Alentejana – O Farol do Cabo Sardão, onde as malas térmicas, depois de abertas, mostraram quanto valiam. Sobre uma imponente falésia que abraça o mar, foi saboreado o tão almejado almoço.
Embora já se pensasse no descanso dos guerreiros, rapidamente o grupo espevitou com a voz de comando: –“TÁ TUDO”?
E lá continuamos, por trilhos pedestres de pescadores, sempre junto às arribas que caiem na vertical sobre o mar.
Marcou-se a nossa passagem pela Zambujeira do Mar, numa das belas esplanadas, onde as sereias crestavam. Inspirado e com elegante requinte, o Raúl serviu o café e a medronheira aos restantes companheiros. Ainda tivemos tempo de descer ao areal da encantada praia do Carvalhal, antes de desferir mais um golpe de subida.
No 1º dia, o percurso termina sobre o vale da
Ribeira de Ceixe por onde descemos e que deixa o grupo na fronteira com o Algarve – Odeceixe!
Apesar dos 100km já cumpridos, no final do dia ainda há força e vontade para pedalar até à praia de Odeceixe, onde, todos contemplamos um romântico por do sol, antes de nos instalarmos na residencial “Luar”, e tomar um ansioso banho quente. Para retemperar forças para o dia seguinte, jantamos n´A taberna do Gabão.
O segundo dia inicia-se com a subida ao alto de Odeceixe através de ruas íngremes mas pitorescas. Após o “aquecimento” seguimos por campos agrícolas através de um ondulante canal de rega.
Antes de atacar a vertiginosa subida para o castelo de Aljezur, fomos brindados por uma magnifica descida que, tal como descreveu o Formiga, “valeu pelo bilhete”.
Lá do alto, depois da conquista da “propriedade privada” e com o mundo aos nossos pés, solicitamos aos incansáveis homens da logística para nos fazerem ali chegar o merecido e complexo pequeno-almoço.
E é a partir de Aljezur que o passeio atinge o seu máximo! Aproximamo-nos das espectaculares arribas e falésias escarpadas da Costa Vicentina. A paisagem é de cortar a respiração!
O percurso entrou numa zona bem rápida e é a alta velocidade que o grupo chega à Carrapateira.
Dali, em single-tracks, subidas e descidas alucinantes, rampas sem fim a subir, mas sempre por uma paisagem soberba misturando o verde da esteva, com o negro das rochas e com o azul do mar e do céu, acrobaticamente descemos pelas falésias até atingirmos a “reservada” Praia de Murração, onde um batalhão de fotógrafos registava a nossa chegada e assentamos arraiais para mais uma jornada gastronómica. O Cardoso, mais uma vez, demonstrou os seus dotes culinários!
Após o almoço, por razões óbvias, veio o troço mais “indesejado” de toda a travessia. A subida para sair deste enamorado vale. Fazem-se sentir os estragos provocados por quem “abusou” do almoço. O Poli que o diga!.
Mas a boa disposição imperou sempre e a animação foi desaguar à Praia da Barriga!
A travessia está perto do final e os caminhos são agora autênticos trilhos suspensos sobre os vales, praias e imponentes falésias.
O final, com Sagres à vista, foi feito por grandes rectas a caminho de onde a terra acaba e o mar começa e também onde terminou a nossa grande aventura!
Foram dois dias de puro BTT e sã camaradagem, que permitiram atravessar, na íntegra, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina pelos seus mais belos caminhos e que deixaram encantados os oito BTTistas que realizaram esta façanha.
O primeiro dia iniciou-se com uma rápida ligação até à pitoresca vila de Porto Covo, onde foi dado o “tiro” oficial da partida, depois das mordomias ali servidas ao pequeno-almoço. Dali já se avistava, ao largo, a ilha do Pessegueiro.
Sem nunca querer deixar de vista a imensidão daquele mar tão azul, suportamos trilhos arenosos que nos queimaram quase todas as reservas calóricas.
Rapidamente, quais bravos BTTistas à conquista do desconhecido e por trilhos nunca antes percorridos, com algumas harmoniosas quedas à mistura, aproximamo-nos de Vila Nova de Mil Fontes por paisagens de mil cores. Aqui, uma paragem para contemplar a espectacular foz do Mira com as suas águas cristalinas!
Retomamos rumo a um dos mais belos locais da Costa Alentejana – O Farol do Cabo Sardão, onde as malas térmicas, depois de abertas, mostraram quanto valiam. Sobre uma imponente falésia que abraça o mar, foi saboreado o tão almejado almoço.
Embora já se pensasse no descanso dos guerreiros, rapidamente o grupo espevitou com a voz de comando: –“TÁ TUDO”?
E lá continuamos, por trilhos pedestres de pescadores, sempre junto às arribas que caiem na vertical sobre o mar.
Marcou-se a nossa passagem pela Zambujeira do Mar, numa das belas esplanadas, onde as sereias crestavam. Inspirado e com elegante requinte, o Raúl serviu o café e a medronheira aos restantes companheiros. Ainda tivemos tempo de descer ao areal da encantada praia do Carvalhal, antes de desferir mais um golpe de subida.
No 1º dia, o percurso termina sobre o vale da
Ribeira de Ceixe por onde descemos e que deixa o grupo na fronteira com o Algarve – Odeceixe!
Apesar dos 100km já cumpridos, no final do dia ainda há força e vontade para pedalar até à praia de Odeceixe, onde, todos contemplamos um romântico por do sol, antes de nos instalarmos na residencial “Luar”, e tomar um ansioso banho quente. Para retemperar forças para o dia seguinte, jantamos n´A taberna do Gabão.
O segundo dia inicia-se com a subida ao alto de Odeceixe através de ruas íngremes mas pitorescas. Após o “aquecimento” seguimos por campos agrícolas através de um ondulante canal de rega.
Antes de atacar a vertiginosa subida para o castelo de Aljezur, fomos brindados por uma magnifica descida que, tal como descreveu o Formiga, “valeu pelo bilhete”.
Lá do alto, depois da conquista da “propriedade privada” e com o mundo aos nossos pés, solicitamos aos incansáveis homens da logística para nos fazerem ali chegar o merecido e complexo pequeno-almoço.
E é a partir de Aljezur que o passeio atinge o seu máximo! Aproximamo-nos das espectaculares arribas e falésias escarpadas da Costa Vicentina. A paisagem é de cortar a respiração!
O percurso entrou numa zona bem rápida e é a alta velocidade que o grupo chega à Carrapateira.
Dali, em single-tracks, subidas e descidas alucinantes, rampas sem fim a subir, mas sempre por uma paisagem soberba misturando o verde da esteva, com o negro das rochas e com o azul do mar e do céu, acrobaticamente descemos pelas falésias até atingirmos a “reservada” Praia de Murração, onde um batalhão de fotógrafos registava a nossa chegada e assentamos arraiais para mais uma jornada gastronómica. O Cardoso, mais uma vez, demonstrou os seus dotes culinários!
Após o almoço, por razões óbvias, veio o troço mais “indesejado” de toda a travessia. A subida para sair deste enamorado vale. Fazem-se sentir os estragos provocados por quem “abusou” do almoço. O Poli que o diga!.
Mas a boa disposição imperou sempre e a animação foi desaguar à Praia da Barriga!
A travessia está perto do final e os caminhos são agora autênticos trilhos suspensos sobre os vales, praias e imponentes falésias.
O final, com Sagres à vista, foi feito por grandes rectas a caminho de onde a terra acaba e o mar começa e também onde terminou a nossa grande aventura!
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